Transição da Idade Média → Renascimento: mudança do teocentrismo (Deus como centro) para o antropocentrismo (o homem como centro).
Influências: descobertas marítimas, expansão comercial, avanço científico, redescoberta de textos greco-romanos.
Figuras importantes na Europa: Petrarca (pai do Humanismo) e Erasmo de Roterdã (crítico dos costumes medievais).
Em Portugal, as conquistas ultramarinas ampliaram o contato cultural e a visão de mundo.
Primeira manifestação literária em língua portuguesa.
Ligado à cultura medieval e à sociedade feudal.
Produção poético-musical: poemas eram cantados e acompanhados por instrumentos.
Forte influência da Igreja e do ideal cavaleiresco.
Cantigas líricas:
Cantiga de amor: eu-lírico masculino, amor cortês, idealização da dama, sofrimento amoroso (coita).
Cantiga de amigo: voz feminina, lamento pela ausência do amado, relação com a natureza.
Cantigas satíricas:
Escárnio: crítica indireta e irônica, com duplo sentido.
Maldizer: crítica direta e ofensiva, com insultos explícitos.
Registro das primeiras formas da língua portuguesa.
Mostra valores da nobreza medieval e mentalidade teocêntrica.
Período de transição entre o mundo medieval e o Renascimento.
Antropocentrismo: valorização do ser humano.
Racionalismo: confiança na razão e na observação.
Retomada da cultura clássica (Greco-romana).
Uso crescente da prosa histórica e teatral.
Fernão Lopes – cronista-mor do reino, considerado “pai da historiografia portuguesa” (ex.: Crónica de D. João I).
Gil Vicente – “pai do teatro português” (ex.: Auto da Barca do Inferno), unia crítica social e religiosidade.
Apogeu do Renascimento em Portugal.
Universalismo e racionalismo.
Equilíbrio, harmonia e perfeição formal (como nos sonetos).
Temas clássicos: mitologia e paganismo.
Inspiração nas obras de Homero, Virgílio e outros clássicos.
Luís de Camões – maior nome da literatura portuguesa.
Obra-prima: Os Lusíadas (1572) – epopeia que exalta a história de Portugal e a viagem de Vasco da Gama à Índia.
Combina história real e mitologia greco-romana.
Trovadorismo: base poética e lírica da língua.
Humanismo: valorização da razão e do indivíduo, crítica social.
Classicismo: consolidação de uma estética literária nacional, orgulho histórico e cultural.