O "que" substitui um substantivo anteriormente mencionado, ligando orações. Pode ser substituído por "o qual", "a qual", "os quais" ou "as quais".
Exemplo: O livro que comprei é interessante.
(O livro o qual comprei é interessante.)
Introduz orações subordinadas substantivas (que funcionam como sujeito, objeto ou complemento da oração principal).
Exemplo: Eu sei que você está certo.
(Oração subordinada substantiva objetiva direta).
Pode introduzir orações subordinadas adverbiais e adjetivas, estabelecendo uma relação de causa, consequência, tempo, condição, etc.
Exemplo: Ele não saiu, que estava chovendo.
(Conjunção subordinativa causal)
Utilizado em perguntas diretas ou indiretas, com valor de questionamento.
Exemplo: Que dia é hoje? (Pergunta direta)
Exemplo: Não sei que dia ele chegará. (Pergunta indireta)
Não tem função sintática própria e serve apenas para dar ênfase à oração.
Exemplo: É ele que vem aí!
(A partícula "que" apenas enfatiza a chegada da pessoa.)
Usada para introduzir uma explicação ou justificativa.
Exemplo: Não saia, que vai chover.
(Equivalente a "pois", introduz uma justificativa)
Pode ser utilizada com valor adversativo (oposição), semelhante a "mas".
Exemplo: Tentei falar, que ele não me ouviu.
(Equivalente a "mas")
Em alguns casos, o "que" pode ser usado como substantivo, assumindo o papel de um nome.
Exemplo: Ele tem um quê de mistério.
(O "quê" é um substantivo, indicando uma qualidade)
Pode ser usado como advérbio, indicando intensidade.
Exemplo: Que bela festa!
(Nesse caso, "que" intensifica o adjetivo "bela")
Indica a voz passiva sintética (passiva com verbo na 3ª pessoa).
Exemplo: Vende-se casas.
(Equivalente a: "Casas são vendidas".)
Usado com verbos intransitivos, transitivos indiretos ou de ligação para indeterminar o sujeito.
Exemplo: Vive-se bem aqui.
(Sujeito indeterminado; não sabemos quem vive.)
Introduz orações subordinadas substantivas, podendo ser usada em frases afirmativas ou interrogativas indiretas.
Exemplo: Não sei se ela virá.
(Conjunção que introduz a oração subordinada substantiva objetiva direta.)
Introduz orações subordinadas adverbiais condicionais, expressando uma condição para o acontecimento da ação principal.
Exemplo: Se chover, não sairei de casa.
(A oração subordinada condicional indica uma condição para o evento "não sair de casa".)
Pode ter valor causal em alguns contextos.
Exemplo: Se ele estudou, passou.
(Valor de causa: porque ele estudou, passou)
Sem função sintática, apenas reforça o enunciado ou dá ênfase.
Exemplo: A moça se foi embora sem dizer nada.
(O "se" não altera o sentido da frase, apenas dá ênfase.)
Indica que o sujeito pratica a ação sobre si mesmo.
Exemplo: Ele se machucou.
(O sujeito "ele" machucou a si próprio.)
Indica uma ação que é trocada entre os indivíduos, ou seja, há reciprocidade.
Exemplo: Eles se ajudaram.
(Ajudaram um ao outro.)